quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Futsal 3.ª divisão série A "Festival Carrazeda" ( Jornal Mensageiro Noticias )

Araucária de olhos trocados
O Carrazeda conseguiu, à terceira, a primeira vitória no Nacional da III Divisão, por inequívocos 12-4, no passado sábado, perante um Araucária de fraca qualidade e manietado por completo pela equipa da casa. Primeira parte exemplar (e menos má do Araucária) da equipa de Artur Sequeira, que fez muito bem aquilo que delineou para o confronto contra os mais experientes de Vila Real. Os locais marcaram cinco golos, mas poderiam ter feito ainda mais, dado o desequilíbrio dentro das quatro linhas. A equipa de Carrazeda entrou muito bem organizada defensivamente, não permitindo que os vila-realenses organizassem uma única jogada com princípio, meio e fim. Depois foi só ficar à espera de alguns erros do adversário e atirar a contar para as redes de Rui, que mesmo assim foi claramente o melhor do Araucária. Eduardo esteve em muito bom nível nos primeiros minutos de jogo e foram dele os primeiros quatro golos do jogo. Primeiro, logo ao minuto quatro, apareceu sobre a direita a atirar cruzado ao poste mais distante; quatro minutos depois, num contra ataque com Ruben, apareceu isolado e não teve dificuldade em marcar; depois, ao minuto doze, combinou com Edgar em mais um excelente contra golpe, aparecendo no segundo poste a encostar para golo; um minuto depois, mais um golo de Eduardo, o último da primeira etapa, depois de um desacerto da defensiva de Vila Real. Com cinco minutos para jogar, finalmente a equipa visitante a acertar, num lance de contra-ataque, com Bruno Pinto a tirar partido do adiantamento da defensiva local. O visitante apareceu isolado sobre a direita e atirou para a abaliza deserta. Na resposta, Ruben Samorinha colocou mais um golo no marcador para os locais, com uma emenda no segundo poste e passou a ser o melhor dos visitados. O jogador mais destacado do Carrazeda, até então discreto, jogou ao seu melhor nível os últimos cinco minutos e por muito pouco não conseguiu mais uma mão cheia de golos, tal foi a avalanche de remates do ala à baliza de Rui, que defendeu, não raramente, o impossível. Na etapa complementar, mais do mesmo. Os locais ainda abrandaram um pouco, mas nem assim o Araucária conseguiu pôr em causa minimamente a vitória do Carrazeda. Bruno ainda conseguiu o 5-2, logo ao minuto dois, mas Ruben, pouco depois, repôs a diferença com mais um golo. A seguir festival de golos falhados dos locais junto da baliza de Rui, com a equipa de Vila Real visivelmente desorientada, a dar mais do que muitas facilidades aos visitados, para atirar com êxito a baliza. Capelas fez o 6-3, com sete minutos jogados, depois de um lançamento do seu guarda-redes, mas Ferraz voltou a dar vantagem ao Carrazeda, conseguindo o 7-3, logo depois. A meio da etapa complementar, Ruben colocou o marcador em 8-3, com mais uma bomba das dezenas que o jogador atirou à baliza do Araucária. Bruno reduziu, pouco depois, para 8-4, mas Edgar não deixou as coisas em menos de cinco e atirou, logo a seguir, para o 9-4. Ruben, a pouco mais de quatro minutos do fim, fez o 10-4. Nos últimos minutos, mais dois golos do inspirado Eduardo, que voltou a entrar em acção na ponta final do jogo para colocar quase em ridículo a defensiva vila-realense. No último golo, o jogador do Carrazeda roubou a bola ao último defesa e caminhou para a baliza deserta, encostando para o 12-4. No final, vitória sem contestação do Carrazeda, que tirou partido até ao limite das armas que tem, perante um Araucária com qualidade demasiado baixa para o escalão nacional.

Declarações:
Rui Pereira (treinador Araucária): “Não tenho palavras para explicar isto. Neste momento, com a cabeça quente, é difícil explicar, nem me apetece falar com eles [jogadores]. Houve falta de atitude de certos jogadores, ou erros não lhes apetecia jogar… Quem não marca, sofre… Hoje só conseguimos cometer erros: quando eles fazem 1-0, a seguir tivemos duas ou três oportunidades e não marcámos. Sofremos quatro ou cinco golos de rajada, assim é muito difícil…”

Artur Sequeira (treinador Carrazeda): ”Melhor era impossível… Não estávamos à espera de tantas facilidades. Sabíamos que era uma equipa muito jovem, que era nova e o jogo acabou por nos correr bem. No entanto, defensivamente estivemos um bocado mal, os primeiros três golos que sofremos foi por falta de concentração. Deu para entrarem três juniores, temos que apostar neles, e nestes jogos dá para rodar. Este é o Carrazeda que vamos ter aqui em casa, forte, aguerrido. O objectivo é a manutenção.”

Ficha do Jogo
Carrazeda12 – Araucária 4

2 comentários:

Anónimo disse...

O primeiro milho é dos pardais. O melhor ataque vai dar kugar à pior defesa do campeonato e descida de divisão certinha e diretinha e sempre a abrir!!!

Anónimo disse...

Caros Amigos
Isto da Blogosfera tem muito que se lhe diga. Em primeiro lugar não compreendo o porquê das pessoas que fazem comentários, que quando não servem para elogiar a equipa, ou seja, que "deitam" a baixo o FCCA, não dao o nome. Por favor, é de uma tremenda falta de validez este tipo de comentários quando não se dá uma cara! Mas nós sabemos de onde vêm... Infelizmente há terras vizinhas que não têm a nossa capacidade de subir de divisão e escondem as suas frustrações em comentários como este anónimo fez e como muitos irão fazer ao longo do campeonato. O que interessa é que nós estamos no topo, a olhar cá para baixo a quem nos faz este tipo de comentários nada plausíveis.
Sem mais assunto.

Ass: Rui Mota